LEVANTAMENTO DE GALERIA UTILIZANDO MÉTODOS DA TOPOGRAFIA DE MINAS


Autores

1Ramos, I.M.G.; 2Lima, L.A.; 3Silva, T.M.G.; 4Ribeiro, D.C.

1UFU- UNIVESIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Email: isadoragoncalves10@outlook.com
2UFU- UNIVESIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Email: luanearaujo@live.com
3UFU- UNIVESIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Email: thayanegilla@outlook.com
4UFU- UNIVESIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Email: dayvid.coutinho@live.com

Resumo

Para que haja uma implantação e acompanhamento de obras de todos os tipos, inclusive de obras subterrâneas é de suma importância o uso da topografia. Sendo necessário dessa forma, um amplo conhecimento sobre a mesma. Temos que os métodos empregados nas determinações topográficas no subsolo pouco diferem dos métodos tradicionais. Da mesma maneira em que são feitos os levantamentos topográficos convencionais, os levantamentos subterrâneos podem ser divididos em planimétricos, altimétricos e, quando agregados, planialtimétricos,desta forma devem estar vinculados à poligonais de primeira ordem que vão permitir assim, o controle das obras subterrâneas, através das poligonais implantadas na superfície. Deste modo, apresenta-se no trabalho a metodologia para a simulação de levantamento de uma galeria que encontra-se na Universidade Federal de Uberlândia, Campus Monte Carmelo, utilizando de tecnologias disponíveis no mercado. Empregando as tecnologias disponíveis no mercado e a aplicação em obras de engenharia, o trabalho tem como principal objetivo a execução de um levantamento topográfico subterrâneo do prédio SESI – Campus Monte Carmelo detalhando seu interior supondo uma galeria irradiada por múltiplos pontos. Com a constante expansão urbana e a evolução das técnicas construtivas, as construções subterrâneas estão sendo alternativas de projeto mais viáveis e acessíveis para que os engenheiros realizem os levantamentos. Segundo Oglobin (1979), os levantamentos topográficos subterrâneos são essencialmente as medições lineares e dimensionais e seus respectivos cálculos são realizados com o propósito de representação gráfica de planos e seções, geometria de distribuição de depósitos minerais, representação de feições específicas do terreno como aberturas e locação e acompanhamento de obras subterrâneas (túneis e galerias). Os projetos de implantação de um metrô, por exemplo, dependem de um mapeamento atualizado e eficaz do local da obra, sendo feito um cadastro de todas as feições e interferências encontradas no trecho, de modo a não comprometer estruturas ou sistemas pré-existentes. Na implantação, a técnica da topografia subterrânea garante precisão necessária para qualidade e segurança deste tipo de empreendimento, segundo DIAS (2005). Na realização do levantamento de uma galeria, podem ser utilizadas técnicas de levantamentos topográficos tradicionais, como por exemplo, a poligonação. Neste caso, quando não for possível realizar esse trabalho através de poligonais fechadas, alguns cuidados extras, como a execução de mais de uma série de leituras das direções horizontais e ângulos verticais, devem ser tomados ao se optar pela poligonal aberta. Assim como os levantamentos de superfície, os levantamentos topográficos subterrâneos dividem-se em planimétricos e altimétricos, sendo que os métodos de levantamento empregados são os mesmos utilizados em superfície. Os cálculos dos levantamentos são semelhantes aos executados “em céu aberto”, porém com algumas adaptações, destacando-se o fato que em algumas vezes os pontos topográficos podem estar localizados no teto de uma galeria, por exemplo, ao contrário dos levantamentos tradicionais onde os pontos estão sempre no solo. Os ambientes subterrâneos mostram-se místicos e complexos aos olhos desacostumados da interpretação de padrões estruturais tão desassociados das paisagens externas. Dessa forma, tornou-se fundamental representar os registros em forma de planta, a qual define melhor visualização. São vários os tipos de locação de obra em topografia. Um dos mais usados é a locação de túneis. Neste caso, os trabalhos a serem efetuados consistem na determinação e materialização da direção do eixo nas duas frentes de serviço, bem como a determinação do desnível entre os dois extremos. Outros tipos de locações são a de eixos de pontes, locação de prédios, locação de estacas, etc. BORGES, Alberto de Campos (2004). Para a realização desse trabalho foram utilizados determinados materiais para a realização da poligonal enquadrada, sendo eles: estação total, tripé, fio de prumo, prisma e mini prismas. Para o início da execução desse trabalho usou-se dois pontos de coordenadas conhecidas e a partir deles foi criada uma poligonal fechada com pontos intermediários estratégicos. Para que fosse possível o levantamento de pontos de detalhes do prédio do SESI, ao sair do marco o próximo ponto (E2) foi materializado de maneira que toda a parte de trás do prédio fosse vista, assim fazendo irradiações de pilares e paredes. Dando continuidade o ponto seguinte (E3) foi na área de estudos (antiga biblioteca), visando a parte interior da edificação, depois foi passado pelo corredor e se subiu as escadas, onde nessa parte superior da galeria usou-se um mini prisma com a braçadeira no corrimão para que se fizesse necessário o transporte das coordenadas planialtimétricas com boa visibilidade. Posteriormente o aparelho foi posicionado na entrada do imóvel de forma que toda a faixada fosse vista, depois na lateral e consequentemente voltou para o ponto inicial, assim fechando a poligonal. Obtiveram-se como dados resultantes: Vistas gráficas 2D e 3D; Irradiações e coordenadas da poligonal. Após o levantamento realizado, foram processados os cálculos do transporte de coordenada e os dados no softwareTopograph 98 SE. Usando o programa SketchUp 2015 foi criado a planta 3D da edificação, após o processamento dos dados, que está em apêndice. Conclui-se que o uso de métodos modernos utilizados no trabalho para a execução do transporte de coordenadas, por meio de obstáculos os quais impedem a visibilidade entre as estações, fez com que os discentes aplicassem em pratica os conhecimentos obtidos em sala de aula para o levantamento de uma galeria e dessa forma alcançar os objetivos do trabalho, levando em conta os erros abordados devido à imprecisão do equipamento utilizado.

Keywords

Topografia de Minas; Levantamento Galeria; Obras Subterrâneas

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