CONTRIBUIÇÃO DA ENGENHARIA CARTOGRÁFICA E DE AGRIMENSURA EM UMA EMPRESA DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA


Autores

1Filho, A.B.; 2Rocha, C.H.O.; 3Drummond, G.M.; 4Furtado, J.A.L.F.; 5Sampaio, L.O.R.; 6Cavalcanti, M.J.; 7Pereira, M.F.M.; 7Almeida, M.C.C.; 9Soares, P.G.; 10Mota, R.C.O.; 11Pinheiro, W.A.

1FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS SA Email: ademar@furnas.com.br
2FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS SA Email: carlosho@furnas.com.br
3FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS SA
4FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS SA
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7FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS SA
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10FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS SA
11FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS SA

Resumo

FURNAS Centrais Elétricas SA, sociedade de economia mista subsidiária da ELETROBRAS e vinculada ao Ministério de Minas e Energia, foi criada em. Seu complexo gerador é composto por 23 usinas hidrelétricas. Além disso, possui em seu parque gerador 2 termelétricas e 3 parques eólicos. O parque transmissor concentra mais de 24 mil km de linhas, possuindo ainda 71 subestações. Dentro deste contexto, as Engenharias Cartográfica e de Agrimensura possuem papel de alta relevância em todas as fases. O presente trabalho tratará da contribuição dada por estas engenharias nas diversas fases em que FURNAS participa. O ciclo de implantação de uma usina hidroelétrica compreende cinco etapas: Estimativa do Potencial Hidroelétrico é basicamente realizada em escritório, utilizando o mapeamento sistemático e outras fontes acessíveis. Devem ser verificados mapeamentos existentes; Estudo de Inventário Hidroelétrico caracteriza-se pelo mapeamento do corpo hídrico em busca de locais com potencialidade para a construção de barragens, sendo exigidos levantamentos com LIDAR, RADAR ou Aerofotogrametria, visando a elaboração de um MDT do possível local do barramento e do reservatório a ser formado. Além disso, são necessários: seções topobatimétricas nos possíveis locais barráveis; georreferenciamento das investigações geológico-geotécnicas e hidrológicas, tendo por etapas preliminares: reconhecimento de campo; transporte de coordenadas planimétricas via GNSS; transporte de altitude por nivelamento geométrico; Estudo de Viabilidade consiste na escolha de um dos locais barráveis inventariados para maior detalhamento. Nos locais dos eixos inventariados, são realizados levantamentos topobatimétricos de maior extensão. Além disso, são realizadas seções topobatimétricas ao longo do futuro reservatório para caracterizar o remanso do empreendimento. Novos marcos de concreto são implantados para a locação do empreendimento; Projeto Básico inicia-se após o leilão e será realizado pela empresa vencedora. Nesta fase, os dados obtidos das fases anteriores devem ser consistidos e ampliados; Projeto Executivo é a fase imediatamente posterior ao Projeto Básico e é a fase de implantação propriamente do empreendimento. Nesta fase, as Engenharias Cartográfica e de Agrimensura colaboram, por exemplo, com a demarcação dos pontos de construção. Após a construção do empreendimento iniciam-se as fases de Operação e Manutenção, nestas fases colabora-se com: a elaboração de levantamentos de alta precisão para monitoramento de deslocamentos das estruturas civis; o monitoramento de acúmulo de sedimentos; levantamentos topobatimétricos para a revisão das curvas CotaxÁreaxVolume; confecção de base cartográfica para simulação de rompimento; a verificação de invasões em área de reservatório utilizando Sensoriamento Remoto. No tocante à Transmissão, o processo de documentação da ANEEL para a outorga de uma nova instalação a ser integrada à Rede Básica passa por quatro fases distintas, caracterizadas por meio dos seguintes relatórios: R1: demonstração da viabilidade técnico-econômica e socioambiental; R2: detalhamento técnico da alternativa de referência; R3: caracterização e análise socioambiental do corredor selecionado para o empreendimento; e, por último (este relatório está diretamente ligado às competências das Engenharias Cartográfica e de Agrimensura, R4: definição dos requisitos do sistema circunvizinho de forma a se assegurar uma operação harmoniosa entre a nova obra e as instalações existentes. Para a elaboração desses estudos, são realizados diversos levantamentos de campo, tais como, levantamento topográfico e geodésico para elaboração dos desenhos de Planta de Traçado, Planta e Perfil e Travessias. Para a definição das alternativas, são utilizadas cartas topográficas, imagens de satélites, estudos aerofotogramétricos, banco de dados geoespaciais e investigações in loco, visando o conhecimento das possíveis interferências com a LT. O corredor a ser estudado é definido em cartas com escalas entre 1:100.000 até 1:5.000. Após esse corredor ser proposto, são elaboradas alternativas para a Linha de Transmissão, a serem estudadas, até a definição de uma diretriz preferencial. A materialização do traçado consiste em colocar no campo, marcos de concreto, bandeiras de sinalização nos vértices e em pontos estratégicos de forma a orientar as equipes multidisciplinares envolvidas nestes empreendimentos. A planta do traçado é representada em desenho de escala 1:50.000, 1:25.000 ou maior. Para a implantação são usados receptores GNSS L1/L2, por meio da técnica RTK ou no método pós-processado em conjunto com estações totais de alta precisão. Os projetos cartográficos de implantação do traçado são apresentados em cartas topográficas digitais, rasterizadas e georreferenciadas, em ortofotos vetorizadas e ortorretificadas. Com o traçado da LT implantado, são iniciados os trabalhos de levantamento planialtimétrico e cadastral que darão origem ao Perfil e Planta, Folha de Dados de Travessia e Planimetria de Obstáculos. O perfil e planta consistem na elaboração do projeto geométrico da LT, efetuado após as etapas de reconhecimento e levantamento topográfico com a definição do traçado a partir dos levantamentos realizados nas etapas anteriores Os profissionais de Engenharia Cartográfica e Agrimensura pertencentes ao corpo técnico de FURNAS atuam também nas equipes que fazem a gestão sociopatrimonial de seus empreendimentos. Neste contexto, a atuação desses profissionais é de fundamental importância na detecção de invasões em bordas de reservatórios e em faixas de servidão de linhas de transmissão, utilizando-se de técnicas de sensoriamento remoto. Como insumos, são utilizados arquivos com informações geográficas de diversos formatos (CAD, SIG, impressos/digitais) e textuais do acervo técnico existente. Além das atividades elencadas acima, FURNAS vem mantendo tratativas junto ao IBGE para a participação na INDE, visando ser um dos nós do setor elétrico.

Keywords

Cartografia Aplicada; Agrimensura; Energia Elétrica

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