REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA DOS ÍNDICES DE RISCO CLIMÁTICO PARA O CULTIVO DA NOGUEIRA PECÃ (Carya illinoinensis) NO RIO GRANDE DO SUL


Autores

1Rovani, F.F.M.; 2Wollmann, C.A.

1UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Email: franciele.rovani@ufsc.br
2UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA Email: cassiogeo@yahoo.com.br

Resumo

O zoneamento de risco climático é um instrumento de gestão de riscos da agricultura e visa identificar os principais fenômenos climáticos adversos que influenciam nas fases fenológicas dos cultivos. A representação cartográfica destes fenômenos possibilita definir áreas potenciais para o desenvolvimento do cultivo, minimizando as possíveis perdas produtivas e interferências nas fases mais sensíveis dos cultivos. Com estas premissas, objetivou-se definir os principais índices de risco para o cultivo da nogueira pecã no estado do Rio Grande do Sul e a metodologia para sua espacialização. Para tanto, foram coletados dados diários de temperatura máxima absoluta, umidade relativa do ar, precipitação pluviométrica e número de horas de frio, das 23 estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia, distribuídas no Estado em uma série temporal de 15 anos. Além das variáveis climatológicas, coletaram-se dados referentes às fases fenológicas do cultivo junto aos referenciais teóricos internacionais e nacionais. De posse dos dados, definiram-se cinco índices de risco climático para o cultivo: 1) falta de horas de frio (temperaturas inferiores a 7,2ºC) durante o período de dormência das plantas (maio a setembro); 2) temperaturas máximas superiores a 35ºC na polinização e floração (outubro a novembro) e na formação dos frutos (janeiro e fevereiro); 3) excesso de precipitação no período de expansão foliar (setembro e outubro), floração e polinização (outubro e novembro), formação dos frutos (dezembro, janeiro e fevereiro) e na colheita (abril e maio); 4) estiagem na estação de crescimento das nozes (outubro a abril); e 5) excesso de umidade período de floração e polinização (outubro e novembro). Além da definição dos índices, definiram-se cinco classes temáticas para cada um dos índices: muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto risco e os intervalos foram definidos com base na frequência das ocorrências do número de dias com temperatura máxima superior a 35ºC, dias consecutivos com pluviosidade e dias consecutivos com umidade relativa do ar superior a 80%. As classes dos índices de falta de horas de frio e de estiagem foram definidas com intervalos fixos. Na sequência, os foram organizados em um banco de dados geográficos por meio do aplicativo ArcGis 10.2.2. e espacializados por meio do método de interpolação da krigagem ordinária. Esta proposta mostrou-se eficaz na representação cartográfica dos fenômenos adversos que mais influenciam no cultivo da nogueira pecã, bem como apresentou as áreas potenciais para o desenvolvimento e expansão do cultivo no Estado, sob o ponto de vista climático.

Keywords

Representação ; Risco climático; Nogueira pecã

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