INLAND ENC: HISTÓRICO E PERSPECTIVA PARA A CARTOGRAFIA FLUVIAL NO BRASIL


Autores

1Mandarino, F.; 2Folly, V.H.M.

1CHM Email: flavia@marinha.mil.br
2CHM Email: vanessa.hilleshein@marinha.mil.br

Resumo

O Brasil possui um potencial navegável de águas interiores da ordem de 40.000 km. (Ministério dos Transportes, 2013). Em determinadas localidades é o único modal de transporte disponível. Todavia, faz-se necessária a disponibilização de produtos cartográficos para contribuir para a segurança da navegação fluvial. No contexto nacional, a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) é responsável pela produção de cartas náuticas das Águas Jurisdicionais Brasileiras, tanto marítimas quanto em rios e águas interiores. Novas tecnologias na área de GIS motivaram o desenvolvimento de produtos digitais para a navegação, entre os quais as ENC (Electronic Navigational Charts), cartas náuticas eletrônicas, que adotam padrões e normas internacionais definidas pela International Hydrographic Organization (IHO). Entretanto, diferentemente da navegação marítima, a navegação fluvial apresenta particularidades regionais em função das características naturais do ambiente ou em função de intervenções humanas para permitir e manter a navegação. As especificidades da sinalização dos auxílios à navegação e das infraestruturas associadas às hidrovias em cada região dificultam a criação de padrões internacionais. Em 2003 foi formado o Inland ENC Harmonization Group (IEHG), com representantes de organizações norte-americanas e da Europa, produtoras de cartografia para rios, com o propósito de desenvolver normas internacionais para as cartas eletrônicas de rios (Inland ENC), baseadas nas normas para as cartas náuticas eletrônicas (ENC) da Organização Hidrográfica Internacional (OHI). As especificações técnicas das Inland ENC são desenvolvidas de modo flexível para atender aos requisitos dos diversos rios e hidrovias dos países participantes (IEHG, 2013). A experiência de países da Europa e dos Estados Unidos da América demonstra que a adoção de sistemas eletrônicos de navegação que utilizam Inland ENC é um dos pilares para a implantação de uma infraestrutura de transporte hidroviário eficiente e seguro. O Brasil, através da DHN, aderiu ao IEHG em 2007, como o primeiro país na América do Sul a participar deste grupo de trabalho. Atualmente, participam ainda do IEHG a Rússia, a China, a Coréia do Sul, a Venezuela e o Peru, além dos Estados Unidos da América e 17 países da Europa conectados por hidrovias (IEHG, 2013). Este trabalho apresenta um breve relato do desenvolvimento da produção das Inland ENC no País e apresenta algumas possibilidades e perspectivas para a adoção desses produtos em rios e hidrovias nacionais.

Keywords

Inland ENC; Cartografia Fluvial; ENC

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