MAPEAMENTO DAS ÁREAS COM RISCOS HIDROLÓGICOS NO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA


Autores

1Marques, D.P.A.; 2Valdevino, D.S.

1IFPB Email: dayannepam@hotmail.com
2IFPB Email: diego.valdevino@ifpb.edu.br

Resumo

Conforme dados do INPE, cem por cento dos desastres naturais no Brasil estão relacionados a fenômenos hidrometeorológicos extremos. Sendo os riscos hidrológicos os que possuem o maior número de ocorrências no território brasileiro. Nos últimos anos, os eventos de alagamentos, enchentes e inundações, aumentaram de forma diretamente proporcional a ocupação das áreas de risco. Evidenciando a interação do homem – natureza e suas possíveis interferências, tais como: danos humanos, materiais e ambientais, por sua vez os prejuízos financeiros e sociais. Para atenuar os impactos causados pelo sinistro, o controle e gerenciamento nas questões relacionadas aos riscos hidrológicos perpassam por duas medidas básicas: as obras físicas, de engenharia desenvolvidas para reduzir o risco. E as de caráter educativo, de planejamento, que são de fácil aplicação e baixo custo. Com o desenvolvimento da tecnologia, a capacidade da tomada de decisões torna-se mais eficaz, principalmente pela utilização de sistemas computacionais. Diante desse contexto, tem-se como objetivo identificar as áreas com riscos hidrológicos no município de João Pessoa – Paraíba. Contribuir com a melhoria da qualidade ambiental e saúde ambiental, bem como, auxiliar na adoção de soluções que visem minimizar os riscos de desastres nas áreas suscetíveis. A área de estudo encontra-se localizada nas proximidades das coordenadas 08° 07´ S e 34° 52´ W. Engloba o município de João Pessoa, o qual se encontra sub-dividido em 64 bairros, apresentando uma área de 211, 475 Km² e uma população estimada de 801.718 habitantes segundo dados do Censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2010). A área compõe-se de vegetação de Mata Atlântica, clima: quente e úmido e chuvas concentradas entre Março e Agosto. Um espaço que é resultado de uma gama de fatores, tais como: forma de ocupação, colonização, economia e processos de gestão. Nas décadas de setenta e oitenta, houve a intensificação da ocupação e expansão da região. Por esta razão, mudanças na infraestrutura da cidade como: drenagem e esgoto, vias e serviços foram implantados, mas ainda assim o aumento da concentração populacional ultrapassou os esforços. A coleta das informações foi dividida em duas partes: Inicialmente, com a consulta sobre o tema contidas na revisão literária. Procedeu-se com o levantamento realizado junto ao setor Técnico da Defesa Civil Municipal de João Pessoa, do número de ocorrências efetuadas pela população deste município a central de atendimento da Defesa Civil Municipal de João Pessoa, tomando-se como parâmetro de estudo o período compreendido entre 2014 ao mês de Julho de 2017. Logo após a coleta, foram realizadas análises tipológicas, com o auxílio de um software de planilha eletrônica. Estando com os dados obtidos, os mesmos foram lançados na ferramenta Q GIS 2.18.10, e transformados em informações para esboço dos mapas, identificados de acordo com cada uma das questões propostas. Como resultados, foram realizadas análises descritivas quantitativas das ocorrências, bem como: do confronto das ocorrências com os índices de chuvas apontados no mesmo período que encontram-se disponível no site da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba. (Aesa). E, posteriormente, gerados os seguintes produtos cartográficos: mapa de declividade, mapa de relevo, mapa de apresentação da área de estudo com curvas de nível e construção do mapa de risco onde ficou evidenciado as áreas passíveis das ocorrências de alagamentos, enchentes e inundações no município. Em seguida, foi feito o perfil de elevação das ruas utilizando a ferramenta Google Earth, a fim de compará-los com o levantamento desenvolvido junto a Defesa Civil Municipal de João pessoa, buscando-se verificar a precisão ferramenta Google Earth. Para conhecer a condição de risco de uma localidade, faz-se necessário compreender quais são as ameaças, vulnerabilidades e a capacidade de resposta das cidades, comunidades e do município. Eventos como, processos migratórios, níveis de crescimento das cidades e os movimentos de expansão urbanística que desencadeiam uma urbanização acelerada e desordenada são de primordial importância quando trata-se de riscos hidrológicos. Com base nos aspectos aqui abordados, verifica-se que o investimento na ciência e em tecnologias possuem função fundamental quando se trata de prevenir catástrofes. Estas, associadas a efetiva aplicação das políticas públicas, tais como: de saneamento básico, saúde, recursos hídricos, educação, meio ambiente e habitação, tornam-se essenciais para a redução dos riscos de desastres. Todo esse conjunto influencia na boa gestão dos riscos de desastres e consequentemente na redução de catástrofes.

Keywords

Gestão Ambiental; SIG; Riscos hidrológicos

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