A EVOLUÇÃO DA ORIENTAÇÃO URBANA: DOS GUIAS DE RUAS À GEOWEB


Autores

1Barbalho, L.V.; 2Salomão Graça, A.J.

1UERJ
2UERJ Email: alanjsg@gmail.com

Resumo

Os desenvolvimentos recentes nas tecnologias de computação e telecomunicações móveis aumentaram muito a popularidade dos sistemas de navegação pessoal baseados em mapas-web interativos. No entanto, no curso da transição do mapeamento analógico para o digital, mudanças importantes também ocorreram como, por exemplo, a forma como a informação do mapa é simbolizada e apresentada ao usuário do sistema. Nos dias em que os mapas de orientação em papel eram extremamente difundidos em meios impressos acessíveis (até mesmo nas listas telefônicas), a escala espacial das informações é fixa, metricamente expressa pela escala gráfica, e a extensão geográfica das feições mapeadas é determinada antecipadamente pelo tamanho da folha do mapa ou da página do livro. Em mapas analógicos, a produção dos mapas seguia a concepção dos modelos estáticos de comunicação cartográfica, e o que se entende por interação com o usuário limita-se a destacar feições, dobrar o mapa ou girar uma página guia em direção à direção de movimento, uma vez que o usuário é apenas um leitor do mapa. As plataformas de computação e telefonia móveis, aliadas a computação gráfica e programação para web, adicionaram aos mapas a capacidade de variar continuamente tanto a escala quanto a extensão, através de panning e zoom, e possibilitando muito mais interação do que os mapas de papel. Isto porque estas plataformas não apresentam apenas um mapa, e sim um conjunto de mapas em múltiplas escalas contidos em um geoportal na web, permitindo que o usuário acesse mapas em escalas mais ou menos detalhadas. Além disso, essas plataformas são pensadas em uma lógica de comunicação cartográfica dinâmica, redefinindo o papel dos usuários, que deixam de ser apenas espectadores, sendo capazes de inserir informações, produzir novos mapas, definir rotas, entre outras funções que lhe conferem maior interatividade. Com o advento das tecnologias de cartografia para internet, cartografia multimídia, SIG via WEB, da geolocalização e do posicionamento em tempo real (seja por GNSS ou via Wireless), a orientação urbana se tornou instantânea, bastando apenas alguns segundos para o usuário encontrar um endereço, uma referência ou sua própria localização, com uma boa precisão, utilizando dispositivos móveis dotados de mapas temáticos eletrônicos. Porém, há cerca de uma década, ainda era comum que a orientação no espaço urbano fosse feita de forma manual, através de mapas impressos, não-georreferenciados, colocados em guias de ruas especializados, guias de turismo e até em listas telefônicas. Esse artigo visa estabelecer um paralelo entre essas duas formas de orientação urbana, em relação à praticidade e ao impacto causado na comunidade de geotecnologias. Trata-se de uma investigação da recente história da cartografia web no Brasil, direcionada a evolução dos mapas assim chamados “guias de ruas”. O objetivo é estabelecer uma discussão teórica baseada em estudos de casos e uma análise por amostra de usuários sobre a evolução e popularização das plataformas e serviços de geolocalização móvel no Brasil. Nesta pesquisa, investigamos quais os projetos adequados para mapas em sistemas de computação móvel na perspectiva da escala do mapa, tal como aparece na tela móvel (escala de exibição) e a zona geográfica a ser mostrada ao usuário (extensão) enquanto navega ao ar livre. Dado que existe um novo conjunto de recursos interativos, o que um designer de mapas móveis deve fazer para melhorar a experiência de usar mapas para navegação pessoal? Esse questionamento será analisado com base em uma pesquisa amostral direcionada a grupos de usuários que manuseiam os aplicativos e plataformas de mapas web destinados a geolocalização.

Keywords

GeoWEB; Cartografia Temática; Guias de Ruas

ARTIGO COMPLETO

PATROCINADORES

CNPQ ISPRS GRSS

APOIO