ANÁLISE DA EXPANSÃO URBANA DO MUNÍPICIO DE ANGRA DE REIS - RJ ATRAVÉS DE TÉCNICAS DE SENSORIAMENTO REMOTO


Autores

1de Figueiredo, M.R.; 2Silva, A.F.R.

1UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZDE FORA Email: marinna.figueiredo@engenharia.ufjf.br
2UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZDE FORA Email: andre.felipe@engenharia.ujfjf.br

Resumo

Nas áreas urbanas, ocorrem significativas transformações dos recursos naturais. Com a expansão dessas áreas, advém um aumento das necessidades de infra-estrutura urbana, equipamentos sociais e serviços. Como consequência, conhecer a intensidade desta expansão, sua dinâmica e tendências é fundamental para elaboração de um planejamento urbano e regional, sendo assim, possível elaborar um diagnóstico e propostas para melhoria da qualidade de vida urbana. As técnicas de Sensoriamento Remoto têm se mostrado de grande aplicação no mapeamento de áreas urbanas e na análise e modelagem do crescimento urbano e mudanças de uso do solo. Através das mesmas, podem-se obter dados espaciais atualizados, detalhados do território e com alta freqüência temporal, além de séries históricas de dados. Justificada a necessidade do monitoramento das áreas urbanas, o objetivo deste trabalho é analisar as alterações no uso e ocupação do solo no município de Angra dos Reis/RJ, comparando, através de técnicas de Sensoriamento Remoto, os dados dos anos de 1985 e 2016. O município em questão localiza-se no sul do estado do Rio de Janeiro na região conhecida como Costa Verde, possui um bioma predominantemente de Mata Atlântica e apresentou um crescimento populacional intenso ao dos anos. Para o desenvolvimento do trabalho, foram utilizadas imagens de satélite da Órbita/Ponto 218/76 do programa Landsat obtidas pelo United Service Geological Survey (USGS) para as datas de 27/07/1985 (Landsat 5) e 17/08/2016 (Landsat 8). As imagens foram classificadas de forma supervisionada a partir do software ENVI, sendo dividas em 5 classes: solo exposto, vegetação rasteira, vegetação arbórea, área urbanizada e corpos hídricos. Posteriormente, as classes das imagens foram monitoradas e analisadas pelo software Dinamica EGO gerando um mapa de transição a partir da comparação das imagens classificadas, e tabelas onde foram apresentados o quantitativo de área para cada categoria. Após classificação da imagem de 1985 foi encontrado que, na época, para o município de Angra dos Reis apenas 3.93% do território total da região era classificado como área urbanizada. A partir da classificação e análise do quantitativo de área para cada categoria da imagem de 2016, foi notório o crescimento da classe área urbanizada. Em 1985, 3238.38 hectares do total de 82451.17 hectares era área urbanizada. Sendo que em 2016 houve aumento para 10462.08 hectares o que equivale aproximadamente a 323%. Foi notado uma perda considerável de área de vegetação rasteira para área urbanizada. Outra mudança que chama atenção é o fato de parte da área de água ter se tornado área urbana. O aumento dessa área urbanizada pode ser justificado com as alterações do cenário econômico que ocorreram ao longo destes anos no município, com a chegada de grandes empreendimentos que atraíram investimentos, provocando um crescimento do comércio e serviços e causando consequentemente um deslocamento da população para Angra dos Reis visto novas oportunidades existentes. Tendo em vista tal crescimento, é possível perceber a necessidade de um acompanhamento contínuo e preciso do uso e ocupação do solo para que seja feito um planejamento urbano, o qual permite que o município esteja bem preparado para futuras situações, além de melhorar a qualidade ambiental, diminuindo e controlando impactos que podem ser causados por uma ocupação desordenada da terra. E como auxiliar nessa análise do munícipio, o sensoriamento remoto se destaca por ser uma ferramenta eficaz, permitindo associar os resultados gerados aos eventos históricos de Angra dos Reis.

Keywords

Sensoriamento Remoto; Expansão Urbana; Uso e Ocupação do Solo

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